Aos 40 anos de sua criação, Mato Grosso do Sul comemora seus avanços e vitórias.
Em um País onde a arrecadação federal costumeiramente não retorna de forma justa para o Estado, lembrando o período Colonial onde a coroa gulosa arrancava tudo que podia da colônia, Mato Grosso do Sul sofre duramente os impactos da falta de investimentos do Governo Federal.
Vejamos na segurança pública, a população carcerária de mais de 16 mil internos, sendo certo que mais de 70% se originam do tráfico de drogas, uma vez que nos tornamos um corredor do trafico para os grandes centros urbanos. Este crime é federal, contudo são os sul-mato-grossenses que pagam o alto custo da grande massa carcerária, além dos efetivos estaduais de segurança que garantem a vida e patrimônio do nosso povo fronteiriço.
Onde está a contribuição do governo federal?
Nem mesmo a gloriosa Polícia Rodoviária Federal recebe as condições necessárias para desenvolver seu trabalho de guardiã das estradas federais. Mesmo com tantas dificuldades e graças a nossa eficiente e tão desfalcada força policial estadual, centenas de toneladas de drogas são apreendidas todos os anos em nosso Estado, sem falar do contrabando de cigarros e armas.
Assim como ocorre na segurança, quase nada é investido pela federação na habitação, razão pela qual Mato Grosso do Sul ocupa o 3º lugar nacional de domicilio alugado, impactando diretamente no orçamento familiar, diminuindo em muito a qualidade de vida do nosso povo.
Com efeito muito de Mato Grosso do Sul segue todos os dias para o governo Federal, sendo que quase nada retorna para o Estado.
Todos os dias enchemos os celeiros federais com nossa importante produção, enquanto nosso povo pena por melhores condições para produzir e garantir uma melhor qualidade de vida.
Em 27.09.1989 foi criado o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), administrado na sua quase totalidade pelo Banco do Brasil, tal fundo é cercado de tantas garantias, cuidados e burocracias que acabam impedindo que os pequenos e médios empreendedores tenham acesso aos recursos com juros razoáveis. Ressaltamos que o fundo não pertencem ao Banco do Brasil e sim ao povo brasileiro.
É mais que chegada a hora dos nossos representantes federais se insurgirem diante do abandono em que vivemos.
Afinal de contas o Celeiro é nosso e o que faz dele farto foi produzido pelo nosso povo.
*BACHAREL EM HISTÓRIA
EMPRESÁRIO DO RAMO DE LAVANDERIA
Especialista em segurança Comunitária